O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, que o
destino da presidente da Petrobras, Graça Foster, é “um problema da
presidente Dilma Rousseff”. À saída de uma solenidade no Ministério da
Justiça, Lula foi questionado por repórteres se, diante das denúncias de
corrupção na estatal, Graça deveria deixar o cargo. “Eu não acho nada”,
esquivou-se Lula. “É um problema da presidente Dilma, não meu. Eu não
posso dar palpite”.
Em seu discurso no
Ministério, durante solenidade em homenagem aos dez anos da reforma do
Judiciário, Lula não citou diretamente o escândalo na Petrobras, mas
disse que “acima de paixões partidárias deve sempre prevalecer o direito
de defesa”. Diante do procurador geral da República, Rodrigo Janot, do
presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowsky, e do
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Lula condenou o que chamou de
“julgamento midiático” e de “vazamento seletivo” de denúncias.
Recentemente, Janot chegou a defender a substituição de toda a diretoria
da Petrobras.
De qualquer forma,
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar as pressões
pela substituição da diretoria da Petrobras, empresa atingida por um
esquema de corrupção e de pagamento de propina a políticos.