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Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais (PRE-MG) apresentou à
Justiça um pedido de cassação do diploma de Fernando Pimentel (PT),
eleito governador de Minas Gerais nas eleições deste ano. Segundo o
pedido, entregue nesta quinta-feira (18), o Ministério Público alega
abuso de poder econômico e irregularidades na prestação de contas, além
de requerer a abertura de uma investigação contra Pimentel e o deputado
Toninho Andrade, eleito como vice-governador , para que se possa
decretar a inelegibilidade de ambos. O Tribunal Regional Eleitoral do
estado (TRE-MG) contestou documentos apresentados como justificativa
para despesas e receitas obtidas durante a disputa pelo governo, além de
identificar que a campanha ultrapassou em mais de R$ 10 milhões o
limite de gastos definido no registro da candidatura. Segundo a Veja,
Pimentel alegou que o valor foi transferido ao Comitê Financeiro Único
do PT, mas o tribunal acatou parecer que definia que “a prestação de
contas do candidato não se confunde com a do comitê”. O MP diz, ainda,
que o grupo utilizou duas estruturas de arrecadação e gastos – do
candidato e do comitê do partido –, o que representaria “incompreensível
método de realização de despesas pelo Comitê Financeiro e adimplemento
destas, ainda que de maneira indireta, pelo candidato que, assim,
deixava de ser diretamente responsável por elas”.