Petistas colocam defesa do ex-presidente no topo das prioridades do partido
O Estado de S.Paulo - Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho
Um
dia depois do juiz Sérgio Moro condenar o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão, o PT colocou a defesa dele
no topo das prioridades da legenda e passou a repetir em uníssono um
discurso que já estava ensaiado na véspera.
“Não
aceitaremos um processo eleitoral em que a maior liderança popular da
história desse país seja impedida de se candidatar. Uma eleição sem o
presidente Lula é uma fraude”, resumiu a senadora Gleisi Hoffmann (PR),
presidente nacional da legenda.
Em
linhas gerais, o plano é boicotar a eleição presidencial e focar todas
as energias nas eleições para o Congresso e governos em 2018. Pelo menos
dois interlocutores que estiveram com Lula dizem que o objetivo é
unificar a esquerda e os movimentos sociais em torno da defesa e da
pré-candidatura dele.
Mas,
se confirmada a decisão de Moro na segunda instância, o próprio Lula
vai ungir seu substituto – e ele não necessariamente será um petista.
Ciro Gomes (PDT) não é o preferido. E Fernando Haddad (PT) está cotado.