O ministro da Agricultura, Blairo Maggi
(PP), teve bens bloqueados nesta quarta-feira (11) devido a um processo
de improbidade administrativa que corre na Justiça do Mato Grosso.
A decisão permitia o bloqueio de até R$ 4
milhões de Maggi e outros oito réus. O ministro teve R$ 403 mil
indisponibilizados. A decisão, tomada na segunda (9) pelo juiz Luís
Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada em Ação Civil Pública
e Ação Popular, também bloqueou veículos do ministro.
Outro réu afetado foi o ex-presidente da
Assembleia Legislativa do Mato Grosso José Riva (PSD), que ficou
conhecido como o "maior ficha-suja do país" por responder a mais de cem
processos. Uma das ações chegou a colocá-lo na prisão por quatro meses.
Maggi é acusado de participar de esquema
que comprou uma vaga de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do
Estado) do Mato Grosso. O ex-conselheiro Alencar Soares Filho e teria
recebido R$ 4 milhões para se aposentar antes do prazo, abrindo lugar
para a nomeação do ex-deputado estadual Sérgio Ricardo de Almeida.
Além do bloqueio de bens, Bortolussi
Júnior também determinou o afastamento de Sérgio Ricardo do cargo, mas
ele manterá o salário até a conclusão do processo.O caso da venda da
vaga foi investigado pela Polícia Federal na Operação Ararath, que apura
esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas negociadoras de
crédito no Mato Grosso.
Um inquérito criminal que investigava
Maggi no âmbito da Operação Ararath foi arquivado pelo ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli por recomendação do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
OUTRO LADO
O ministro informou por meio de nota que
está pronto para "prestar todos os esclarecimentos à Justiça" e
"recorrer da medida, por entender não ter sido justa a decisão
proferida".
Maggi disse ainda que o entendimento do
juiz do Mato Grosso está "na contramão do entendimento do
Procurador-Geral da República, a quem coube apurar com rigor as
denúncias que geraram o presente feito". Com informações da Folhapress
Fonte: NMB