Carlos Brickmann
O
PMDB do Mato Grosso do Sul está enfrentando um problema sério: no
sábado, faria a convenção para entregar o comando estadual do partido ao
ex-governador André Puccinelli, que seria candidato de novo em 2018.
Antentem, terça, surgiu um contratempo: Puccinelli foi preso
preventivamente na Operação Papiros de Lama, suspeito do desvio de R$
235 milhões. Seu filho também foi colocado em prisão preventiva, e houve
bloqueio de contas bancárias.
A
situação de Puccinelli está piorando na operação: na fase anterior,
teve de usar tornozeleiras, mas não tinha sido preso. De acordo com os
investigadores, houve uso de documentos falsos, compra irregular de
produtos e obras e concessão de créditos tributários aos amigos. E
agora? Ainda não se sabe: fazer a convenção na cadeia não é possível; e
fora seria engraçado, ainda mais quando o vencedor não tivesse condições
de discursar.
Mas
o PMDB local saberá lidar com o problema: um de seus dirigentes é o
deputado federal Carlos Marun, aquele que vivia na TV defendendo Temer
e, antes, era o maior defensor de Eduardo Cunha. Tem experiência com
políticos enrolados.