Não
resta dúvida de que com essa nova leva de executivos de empreiteiras
presos, a lista dos que toparão um acordo de delação premiada aumentará
exponencialmente. A prisão do vice-presidente da Engevix Gerson Almada,
na operação de ontem da PF, se explica pelo fato de ser um dos raros
sócios de uma fornecedora da Petrobras a tratar dos assuntos heterodoxos
pessoalmente com Paulo Roberto Costa. Não mandava seus executivos, como
é a regra, fazia ele próprio.
O balanço da
Petrobras do terceiro trimestre que deveria ser publicado ontem foi
adiado por causa da recusa da auditoria externa de assiná-lo.
Mas o balanço
verdadeiro, o que dá para fazer por enquanto, é o seguinte: dois
ex-diretores da Petrobras presos, um presidente de subsidiária
(Transpetro) afastado e a reputação da maior empresa brasileira jogada
no lixo. Não é pouco. (Lauro Jardim - Veja Online)