O cartel de empreiteiras
que atuava para fraudar licitações em contratos na Petrobras era chamado
de "clube" pelos participantes. A informação foi dita por um executivo
que fazia parte do esquema ao Ministério Público Federal do Paraná. O
"clube" tinha como "coordenador" o empresário Ricardo Ribeiro Pessoa,
sócio da UTC Engenharia, sediada em São Paulo. A empresa é colaboradora
ativa de doações de campanhas políticas no país desde, pelo menos, 2006.
O papel de Pessoa, conforme
o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto afirmou ao Ministério
Público, "era o de organizar as reuniões, era ele quem convocava os
representantes das empresas para as reuniões, entregava as listas para
Renato Duque e estabelecia contato direito com ele".
Renato Duque, preso nesta sexta-feira
(14) pela Polícia Federal na sétima fase da Operação Lava Jato, ocupou
entre 2003 e 2012 o cargo de diretor de serviços da Petrobras. Ele foi
indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP).
Mendonça Neto afirmou que
ele próprio era o representante da empresa Toyo-SOG no "clube", que
seria formado, segundo ele, por Odebrecht, UTC, Camargo Corrêa, Techint,
Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon e MPE, além da Toyo-SOG.