Cumprindo uma série de agendas na Bahia, o
dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), João Pedro Stédile, demonstrou sua insatisfação com os rumos que o
país tomou com a intervenção parlamentar que retirou a presidente
eleita, Dilma Rousseff (PT), do cargo maior da República. Stédile ainda
defendeu o retorno de Lula em 2018 e fez questão de deixar evidenciado
que o MST defende uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema
político. "Queremos uma Assembleia Constituinte e só conseguiremos isso,
com as massas nas ruas. Com o governo golpista, a crise vai se
acentuar, pois faz parte do golpe inviabilizar a candidatura do Lula
para 2018. O Lula é o porta-voz do povo para construir um novo projeto
para o país".
A opção para Stédile, pode iniciar o
processo de reformulação do país e resolver de uma vez a crise
político-social que se instalou, além de defender a participação do
povo, cobrando os direitos e políticas públicas nas ruas, se
manifestando. "A crise econômica é base das diversas crises sociais que
estão implementadas em nosso país hoje, causando dois efeitos. O
primeiro deles é o conflito entre as classes, gerando um desgaste nas
políticas de conciliação. Segundo, o capital internacional dentro da
economia nacional". Ainda de acordo com Stédile, "muitos efeitos estão
nítidos com o processo de golpe, dentre eles, jogar nas costas da classe
trabalhadora o preço da crise, implementando um modelo neoliberal para
salvar as empresas".