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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo
Lewandowski, negou nesta terça-feira (23) pedido de liberdade a Ricardo
Pessoa, diretor da empreiteira UTC, preso em novembro, na sétima fase
Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Na decisão, o ministro entendeu
que o pedido de liminar só pode ser analisado após julgamento do mérito
de outro habeas corpus, que também foi rejeitado pelo Superior Tribunal
de Justiça (STJ). Pessoa é réu em duas ações penais na Justiça Federal
em Curitiba, nas quais é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF)
de coordenar o funcionamento do cartel entre as empreiteiras que tinham
contratos com a Petrobras. Segundo depoimentos de delação premiada de
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, diretor da Toyo Setal, as empreiteiras
envolvidas no esquema participavam de um cartel para distribuir entre
si os contratos com órgãos públicos, principalmente oriundos da estatal.
De acordo com os procuradores, parte dos desvios de recursos públicos
era repassada a partidos políticos, por meio do doleiro Alberto
Youssef. Além de Ricardo Pessoa, Agenor
Franklin Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli, ligados à
empreiteira OAS, também recorreram ao Supremo para tentar liberdade.
Eles estão presos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Segundo a Agência Brasil, o STF está em recesso e só retoma as
atividades em fevereiro. As liminares seguem direto para a presidência
da Corte, responsável pela análise de questões urgentes durante o
período.