O Secretário de agricultura do município de Sobradinho, Willys Nunes fez um breve balanço sobre os investimentos que estão sendo feitos no município e falou sobre as dívidas deixadas por ex-gestores que governaram a cidade. Entre as ações de sua secretaria, ele destacou a questão do abastecimento de água e projetos de irrigações implantadas em algumas comunidades.
De acordo com Willys, o município foi prejudicado devido a alguns erros praticados por administrações anteriores, com relação ao desvio de verbas no caso específico da Serra da Batateira. Ele afirma que o problema é sério e acaba atrapalhando o desenvolvimento de Sobradinho. “A Serra da Batateira realmente é um problema sério porque acaba atrapalhando a questão de desenvolvimento do município, não só na questão do MST que está presente no assentamento Vale da Conquista, mas também das comunidades tradicionais que precisariam ter água para produção. O fato dessas irregularidades constatadas, os processos que existem no Tribunal de Contas e na CGU realmente são empecilho para que captemos novos recursos”, explica.
O secretário diz ainda que o projeto da Serra da Batateira era para ter sido executado em 18 km, mas hoje só existem 4,5 km, e desses, 2 km não tem nenhum revestimento no canal. “A obra custou em torno de R$ 23 milhões, é um prejuízo muito grande. O desvio foi feito com dinheiro publico e quem perdeu foi à população. É uma questão da justiça resolver e punir quem tem culpa e tentar destravar esse projeto da retomada das obras do canal ou quem sabe talvez uma adutora com maior vazão e mais capacidade para que possa atender os projetos de irrigação”, lamenta.
No início da gestão do Prefeito Genilson Silva (PT) o prédio da prefeitura foi encontrado numa situação lamentável e toda desestruturado. Sobre esse assunto, Willys fez os seguintes esclarecimentos: “No início do governo priorizamos o que era mais importante, sem contar que herdamos uma folha de pagamento de concursados muito alta, onde comprometia bastante a receita. Com isso começamos a fazer contenção de receita e diminuímos o número de funcionários que prestam serviços. Encontramos o município com o hospital fechado, os PSF´s não funcionavam e os médicos não queriam atender mais porque não recebiam salários. Nossa receita gira em torno de R$ 2 milhões e meio, quando assumimos tínhamos muitas dívidas parceladas oriundas de outros gestores”, informa.
Sobre os investimentos que já foram feitos dentro desses dois anos e meio de gestão, ele diz que muita coisa já foi feita e mais recursos para ser aplicados no município foram adquiridos junto ao governo estadual. “Executamos algumas obras importantes como as Avenidas Alvorada e José Balbino. Agora estamos na obra do Estádio de Futebol, Praça da Juventude e na 1º etapa do Balneário Chico Periquito, dentre outros. A parte de capacitação de investimento é tranqüilo, o problema sério é a manutenção da máquina, onde os recursos são poucos para atender toda a demanda que temos”.
O secretário destaca ainda a inauguração dos 7 PSF´s, a abertura da Policlínica, as reformas das escolas, com merenda de qualidade para todos os estudantes. “Colocamos a Policlínica para funcionar e isso tudo gera despesas. Na educação tem sido feito reformas nas escolas e distribuição de merenda. Temos ainda alguns problemas para resolver no interior na questão das estradas vicinais, onde não conseguimos fazer isso com investimentos próprios e não temos recursos do governo federal para isso”.
Questionado se o prefeito irá se encaminhar para reeleição, Willys foi direto e afirmou que todo gestor que tem um bom trabalho está se credenciando para reeleição. “Estamos com o nome dele e trabalhando para isso, temos bons projetos executados e um alinhamento político com os governos estadual e federal. Nas próximas eleições o PT só terá Genilson Silva como pré-candidato”, conclui.
