Em depoimento obtido pela Revista Veja, Maurenizia Dias Andrade Alves, sócia do Instituto Campus, confessa ter recebido dinheiro de forma clandestina para a campanha de 2014 do senador Eunício de Oliveira (MDB) ao governo do Ceará. A Polícia Federal, que desencadeou a Operação Tira-Teima, apura se R$ 250 mil foram dados pela empresa cearense M. Dias Branco à empresária por serviços que, na verdade, não existiam.
A doação irregular teria sido repassada a pedido do marido de Maurenizia, Paulo Alves. O esquema teria beneficiado ainda as empresas Hypermarcas, JBS e Corpvs Segurança.
A reportagem da Veja mostra um vídeo com a empresária lendo o depoimento. Nele, é possível vê-la afirmando que “não houve nenhuma prestação de serviço para qualquer dessas três empresas acima mencionadas e foram feitas apenas os recebimentos sem os serviços correspondentes”.
“Independentemente dessas questões referentes à Hypermarcas, o Instituto Campus, em 2014, recebeu também R mil da empresa Dias Branco, 250 000 da empresa Corpvs Segurança e mais dois milhões de reais da empresa JBS (…) que não houve, até o momento, nenhuma prestação de serviço para qualquer dessas três empresas acima mencionadas e foram feitas apenas os recebimentos sem os serviços correspondentes. No caso das empresas Dias Branco e Corpvs, houve o recebimento e a emissão das notas fiscais, mas não a formalização de contrato”, declara em depoimento.
Procurada pelo O POVO, a M. Dias disse que não irá emitir nova declaração. Somente a dada nesta quarta-feira, 11, após as investigação serem reveladas, onde a empresa confirma a atuação da PF em sua sede e diz estar colaborando com a Justiça. O POVO Online procurou a assessoria de Eunício na tarde desta quinta-feira, 12, e aguarda nota. A reportagem também tentou contato com a Corpvs Segurança, mas até o momento não obteve retorno