Foto: Agência Brasil
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou
nesta segunda-feira (19), durante reunião do Conselho da República, que
era necessário dar aos militares “garantia para agir sem o risco de
surgir uma nova Comissão da Verdade” no futuro, em menção à intervenção
militar na segurança pública do Rio de Janeiro determinada pelo governo
federal. O general faz referência à Comissão da Verdade, criada durante o
governo Dilma Rousseff para apurar casos de tortura e assassinatos
durante o período da ditadura militar. Em outubro do ano passado, o
presidente Michel Temer sancionou uma lei que passou o julgamento de
crimes dolosos contra a vida por militares das Forças Armadas contra
civis, ocorridos durante operações militares específicas, da Justiça
Comum para a Justiça Militar da União. O ministro da Defesa, Raul
Jungmann, afirmou no encontro que é necessário não confundir o papel dos
militares que estão atuando na intervenção com o papel da polícia. "Os
militares não vão fazer ação que cabe à polícia". Jungmann considera que
há confusão sobre o papel do general Walter Braga Netto, devido ao
acúmulo de duas funções: a de interventor e a de responsável pela
condução da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que está em vigor no Rio
de Janeiro desde o ano passado.