quarta-feira, 7 de maio de 2014

Dilma: 'preços nada bem', e sarrafo em Aécio e Eduardo


 A inflação está sob controle,  ‘mas não está tudo bem com os preços’, admitiu ontem à noite a presidente Dilma Rousseff, em jantar com jornalistas, que durou mais de quatro horas. Dilma defendeu veementemente a sua política econômica, qualificando de ridículas as críticas pessimistas, algumas prevendo crise grave em 2015. 'É absurda essa história de o Brasil explodir em 2015. É ridículo. Pelo contrário, o Brasil vai bombar', afirmou. A entrevista foi concedida a dez jornalistas mulheres no Palácio da Alvorada.
A presidente encontrou tempo para alfinetar seus adversários na disputa pela Presidência da República Eduardo Campos(PSB)  e Aécio Neves(PSDB). Para Eduardo ela, indiretamente, ironizou a meta de inflação que o pernambucano estabelceu para um futuro governo em que ele esteja à frente:
'Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística [com meta de 3%]. Não segura fazer isso'.
Aécio Neves também teve o seu quinhão no ataque indireto de Dilma, relacionado com as ‘medidas impopulares’ que o tucano teria admitido para um futuro governo seu:  : 'Tem gente dizendo que tem medidas impopulares. Tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida antipopular'.
Indagada sobre críticas em torno de um  suposto mau-humor da população em torno do quadro econômica, Dilma retrucou que 'tem uma coisa que explica o mau humor, que é a comparação entre taxa de crescimento de bens e taxa de crescimento de serviços'. Explica a presidente que a população demanda sempre melhores serviços, os quais dependem de investimentos os quais não teriam sido feitos no passado, dando como exemplo os aeroportos no país.
A petrobras também foi tema da conversa de ontem com os jornalistas. A presidente disse não temer a CPI que vai investigar empresa petrolífera. 'Não tenho temor nenhum de CPI. Não devo nada, o governo é de absoluta transparência', disse, emfatizando entretanto ver componente político no processo, com a comissão priorizando lhe atingir.
Sobre o movimento ‘Volta Lula’, Dilma diz que a sua relação com o ex-presidente 'mais forte do que se imagina', e que nunca teve o tema alvo de conversa entre ela e Lula. 'Tenho certeza que o Lula me apoia neste exato instante', garante a presidente Dilma Rousseff.