O legado de Temer
Disposto a defender a candidatura de quem “defender o seu legado”, o
presidente Michel Temer se reuniu, ontem, com ministros e dirigentes dos
partidos aliados, no Palácio da Alvorada, para debater e planejar a
estratégia política para unir o chamado “centro” nas eleições de 2018.
Até então, dois nomes já surgiram como possíveis candidatos apoiados
por Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), ou o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Há, também, líderes que
que defendem uma campanha de Temer à reeleição, dependendo do cenário.
Segundo fontes palacianas, o nome preferido do próprio Temer é o de
Alckmin, mas a aprovação ao nome dele dependerá de suas atitudes daqui
para a frente. O governo não quer que tucanos saiam da equipe como se
fossem adversários de Temer e exige o apoio do PSDB à reforma da
Previdência.
Porém, existe outra ala de líderes que acredita ainda não ser o
momento de ungir o candidato. O PMDB, por exemplo, avalia se lançará
candidatura própria ou apoiará algum concorrente da base aliada.
Um protagonista muito importante é o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Nos bastidores, Maia tem feito movimentos
na direção de Meirelles.
Com a ameaça de rompimento dos tucanos e a melhoria de indicadores
econômicos, dirigentes do PMDB voltaram a discutir a possibilidade de
uma candidatura do presidente a um segundo mandato. Por muitos aliados,
diante da baixíssima popularidade de Temer, o plano da candidatura
própria do PMDB é visto como loucura.