terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Supremo Tribunal Federal, de novo, se divide


Decisões pró-políticos evidenciam isolamento de Fachin na segunda turma

A decisão do STF de arquivar denúncias contra quatro políticos por falta de provas evidenciou o isolamento do relator da Lava Jato, Edson Fachin, na segunda turma da corte. A maioria dos ministros que compõem o colegiado entendeu que a PGR não se esforçou para juntar provas às descrições de delatores. O resultado foi uma prévia da pedreira que as ações montadas pela equipe de Rodrigo Janot enfrentarão na ala da corte que analisa os casos originados nas investigações na Petrobras.
Nesta segunda (18), ao rejeitarem as denúncias contra o senador Benedito de Lira (PP-AL) e seu filho, o deputado Arthur Lira (PP-AL), a maioria dos ministros mandou que a primeira instância apurasse o que havia contra o terceiro acusado: Ricardo Pessoa, da UTC, que é delator.
Ao analisarem os resultados dos julgamentos, integrantes do STF se dividiram. Uma parte disse que, além da crítica ao MPF, há uma reprovação implícita do trabalho de Fachin como condutor dos inquéritos. A outra diz que está em curso uma operação abafa.
Suspenso nesta segunda (18) pelo ministro Gilmar Mendes, o inquérito contra o governador Beto Richa (PSDB) estava na pauta da corte especial do STJ desta terça-feira (19).  (Daniela Lima - Painel - Folha de S.Paulo)