Decisões pró-políticos evidenciam isolamento de Fachin na segunda turma
A decisão do STF de arquivar denúncias contra quatro políticos
por falta de provas evidenciou o isolamento do relator da Lava Jato,
Edson Fachin, na segunda turma da corte. A maioria dos ministros que
compõem o colegiado entendeu que a PGR não se esforçou para juntar
provas às descrições de delatores. O resultado foi uma prévia da
pedreira que as ações montadas pela equipe de Rodrigo Janot enfrentarão
na ala da corte que analisa os casos originados nas investigações na
Petrobras.
Nesta segunda (18), ao rejeitarem as denúncias
contra o senador Benedito de Lira (PP-AL) e seu filho, o deputado
Arthur Lira (PP-AL), a maioria dos ministros mandou que a primeira
instância apurasse o que havia contra o terceiro acusado: Ricardo Pessoa, da UTC, que é delator.
Ao
analisarem os resultados dos julgamentos, integrantes do STF se
dividiram. Uma parte disse que, além da crítica ao MPF, há uma
reprovação implícita do trabalho de Fachin como condutor dos inquéritos.
A outra diz que está em curso uma operação abafa.
Suspenso
nesta segunda (18) pelo ministro Gilmar Mendes, o inquérito contra o
governador Beto Richa (PSDB) estava na pauta da corte especial do STJ
desta terça-feira (19). (Daniela Lima - Painel - Folha de S.Paulo)