Um dos homens suspeitos de matar o médico
Márcio Souza Espínola Ramos, no carnaval de 2013, em Salvador, foi
apresentado pela polícia, à imprensa, nesta segunda-feira (4). Artur
Arlindo Barbosa Pacheco, 25 anos, era o oito de espadas do Baralho do
Crime da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Conforme a polícia, conhecido como
Arturzinho, ele se apresentou em uma delegacia, junto com o comparsa,
identificado como Mateus da Silva Oliveira, “Pirrita”, 23 anos, e na
companhia de um advogado.
Os dois tinham mandados de prisão
temporária em aberto pela morte do rival Rafael Santos Silva, e
tentativa de homicídio de Alan dos Santos Santana. O crime ocorreu no
dia 1ª de outubro, no Alto de Ondina, e tem ligação com o tráfico de
drogas, segundo informou a SSP. Os dois estão presos.
De acordo com a secretaria, a dupla faz
parte de uma quadrilha de traficantes responsável por homicídios no
bairro de Ondina. Ainda conforme a secretaria, a dupla cometeu o crime
junto com Ycaro Caldas Fonseca, o “Fantasmão”, que morreu depois de uma
troca de tiros com policiais militares, no dia 5 de outubro, no Vale das
Pedrinhas.
Segundo a SSP, Artur era líder da
quadrilha e, além da morte do médico e do rival, está envolvido em um
duplo homicídio ocorrido em Itinga, Lauro de Freitas. Em 2015, Artur já
tinha sido apresentado no DHPP, com comparsas, depois de ser flagrado
com uma submetralhadora 9 milímetros e cinco revólveres calibre 38.
Morte de médico
Segundo familiares, o médico foi agredido
no momento em que buscava um táxi, no bairro do Rio Vermelho, após se
divertir no carnaval de 2013, em Salvador.
O pai da vítima, Rivadávio Espínola Ramos,
ex-prefeito de Juazeiro, contou, na ocasião, que seu filho chegou a
passar por uma cirurgia para drenar sangue na cabeça, mas não resistiu.
Segundo parentes, o médico saía de um camarote, no bairro de Ondina,
junto com um amigo, e caminhou até o bairro do Rio Vermelho para buscar o
transporte, quando eles foram abordados por dois homens, que anunciaram
o assalto.
Parentes contaram que o amigo teve um
cordão de ouro roubado e o médico reagiu à ação, sendo agredido com um
murro. Após a agressão, segundo parentes, ele caiu no chão, bateu a
cabeça e levou chutes dos suspeitos. A vítima foi levada para o Hospital
Geral do Estado (HGE) e, em seguida, transferida para o Santa Izabel.
O médico, no entanto, teve uma parada
cardíaca e morreu. O enterro foi realizado no dia 18 de fevereiro, em
Juazeiro, norte da Bahia. Em depoimento à polícia, um dos suspeitos de
participação no crime chegou a dizer que a corrente roubada "era tão
fina que não a venderia nem por R$100".
Fonte: G1 Bahia (Foto: SSP/ Divulgação)