O Ministério Público considera pedir prisão da médica Kátia
Vargas, se mais uma vez a defesa pedir que o julgamento seja adiado. A
solicitação foi feita nesta terça-feira (3) e vista pelo promotor Davi
Gallo como "falta de consideração". "Quem paga pelo julgamento é a
sociedade, ele já está sendo planejado há 90 dias. Se o advogado tinha
um compromisso nessa data, já deveria ter informado. Não vamos aceitar
que ele brinque com esse caso. Se houver um novo pedido de adiamento ou
outra medida protelatória, vamos pedir a prisão preventiva de Kátia
Vargas", disse, de acordo com o Correio. O julgamento estava previsto
para acontecer em 7 de novembro, mas o advogado José Luís Mendes
Oliveira Lima alegou que estará em um julgamento na Corte Federal de
Justiça Americana, em Nova Iorque, no mesmo dia. Em nota, o Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que a juíza Gelzi Maria Almeida Souza,
titular do 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou o pedido e
adiou a sessão de julgamento por considerar a imprescindível a presença
do advogado nos dois julgamentos. O júri foi remarcado para 5 de
dezembro. Kátia Vargas foi acusada de jogar seu carro contra a
motocicleta em que estavam os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, na
época com 21 e 23 anos, em 11 de outubro de 2013. O caso aconteceu em
frente ao Bahia Othon Palace, em Ondina. A médica ficou presa por 58
dias no Conjunto Penal Feminino de Salvador, mas desde então responde ao
processo em liberdade. Kátia será levada a júri popular, respondendo
por homicídio triplamente qualificado - motivo fútil, perigo comum e uso
de recursos que impossibilitam defesa das vítimas.