sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Seleção tem legado de todos os técnicos que passaram, avalia Tite



Seleção tem legado de todos os técnicos que passaram, avalia Tite

Foto: Lucas Figueiredo / CBF
A Seleção Brasileira é construída com base no legado que todos os técnicos deixaram, avaliou nesta sexta-feira (15) o técnico Tite. Em entrevista coletiva, um repórter questionou sobre o momento de otimismo que o grupo vive depois do “trauma” da última Copa do Mundo. Para Tite, a situação atual da seleção é “uma construção”.

“Ela é diária, a cada treinamento, a cada convocação, cada estudo que a gente faz, cada conversa com técnico, assim como é inevitável o legado que cada técnico passa para o outro”, defendeu.

Segundo ele, o foco é não estagnar, mas buscar um trabalho “de alto nível”. “Há um legado da base da equipe de 2014. Porque se pega sempre um legado de construção de técnicos anteriores. Foi assim como o Mano, [que] foi conosco pra Olimpíada”, completou.

Nesta sexta, foi divulgada a lista de 24 convocados para os próximos jogos da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 (confira aqui). Líder da competição e já classificado, o Brasil enfrenta a Bolívia no dia 5 de outubro, na cidade de La Paz, e faz a sua última partida qualificatória contra o Chile, no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 10 de outubro. O técnico da seleção admitiu que a lista original tinha 32 nomes e que foram buscado critérios que apontassem características que o grupo precisa nesse momento.

“Se dependesse de mim, eu teria uma série de outros atletas para que eu pudesse disponibilizar. Estaria aqui outros, mas não dá, eu tenho que encarar isso”, apontou.

Questionado se o grupo anunciado hoje possui os melhores disponíveis ou se será feito um teste com alguns nomes, ele explicou que tem aproveitado as partidas para “formar conceitos”. "São oportunidades para abrir aquele leque que o tempo me permite, sem ser aquele 'tira e bota'. Mas todos têm possibilidades reais, inclusive aqueles que não foram convocados estão em altíssimo nível. A resposta é: não estão assegurados nem os que vieram nem os que ficaram de fora”, garantiu.

Uma jornalista também perguntou sobre a troca de capitães – até o momento, já foram colocados 11 jogadores nesta posição –, que poderia causar um “problema” caso o grupo vencesse a Copa do Mundo 2018. “Quem vai levantar a taça?”, questionou a repórter. "Problemão bom esse, ein?”, brincou Tite, antes de explicar a situação: "Problemão bom esse ein? O que eu procuro fazer? A ideia, a gente pode concordar ou discordar. Eu não quero ser bonzinho com ninguém. Mas aprendi que liderança tem uma série de aspectos que credenciam: capacidade de comunicação, tática, de entendimento do jogo, comportamental como exemplo, técnica. E nem todos tem todas essas qualidades. Elas se complementam. Então eu tento desenvolver isso. Não é simplesmente a faixa. É de mentalmente um cara forte, no momento em que for provocado, pensar em jogar e na sua equipe. Vou guardar essa pergunta final pra até o final da Copa".