Os senadores baianos demonstram expectativas diferentes a
respeito da votação do texto da reforma política em tempo hábil para
que seja efetivada para as eleições de 2018. Em discussão na Câmara dos
Deputados há cerca de um ano, para que entre em vigor no pleito do ano
que vem a matéria precisaria ser votada até pelo menos um ano antes da
eleição, prazo que se encerra no próximo dia 5 de outubro. O senador
Otto Alencar (PSD) garante que, com a proximidade do prazo final, não há
chances de o texto ser votado e aprovado na Câmara e ainda ser
encaminhado para uma nova votação no Senado. “Já tem tanto tempo esse
texto lá, ainda precisa ser aprovado para vir para o Senado, agora
faltando 11 dias para o prazo final eles pensam em agilizar. E nem tudo
que a Câmara acha que é bom, o Senado pode dizer que é bom para o Senado
também”, afirmou Otto, acrescentando que a lentidão para a votação
reflete interesses políticos dos deputados. “O que eles querem é um
texto de lei que garanta a reeleição de quem está na Câmara”, concluiu. A
senadora Lídice da Mata (PSB) afirmou que espera que a votação
aconteça, mesmo que em um texto mais simples e atribui a demora a uma
falta de prioridade com que a matéria foi tratada. “O parlamento existe
para defender interesses diversos. A expectativa é que a Câmara vote o
texto porque, se não, vai ser uma grande frustação. Nem que seja o texto
básico que foi enviado”, disse. O senador Roberto Muniz (PP) foi
procurado, porém até a conclusão da apuração não foi localizado para
comentar o tema.