Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Desta vez, pelos
crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa. Novamente, ela
precisará da autorização da Câmara dos Deputados para ser analisada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). Na primeira denúncia, por corrupção
passiva, os parlamentares votaram pelo arquivamento do caso. Janot
denunciou outras sete pessoas: o ex-ministro Geddel Vieira Lima, os
ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, os empresários Joesley
Batista e Ricardo Saud, e os ex-deputados Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha
Loures e Henrique Eduardo Alves. De acordo com o G1, quanto ao crime de
organização criminosa, Janot aponta que Temer, Geddel, Cunha, Henrique
Alves, Rocha Loures, Padilha e Moreira Franco receberam propina, que,
somada, chega a R$ 587,1 milhões. O pagamento dos valores teria feito
parte de crimes contra empresas e órgãos públicos, como a Petrobras e a
Caixa Econômica Federal. Nas ações relacionadas ao crime de obstrução de
Justiça, Janot aponta o compromisso feito entre o doleiro Lúcio Funaro e
Joesley para não fechar acordo de delação premiada. Ambos se tornaram
delatores. O procurador aponta ainda que Temer estimulou o empresário a
fazer pagamentos para Eduardo Cunha para que ele não fizesse delação
premiada.