Governador tem provocado 'ciumeira' na sigla | Foto: Manu Dias/ GOVBA
Partido comandado na Bahia pelo vice-governador João Leão, o PP
está ensaiando uma rebelião contra o governador Rui Costa. De acordo
com informações obtidas pelo Bahia Notícias, os deputados estaduais da
sigla têm demonstrado “grande insatisfação” com o tratamento dispensado a
eles pela administração petista. E as retaliações provenientes deste
motim já começaram. Na sessão da última terça-feira (26) na Assembleia
Legislativa da Bahia (AL-BA), a bancada da sigla, composta por cinco
parlamentares, se negou a votar um projeto de lei do Executivo e não
compareceu à sessão, contribuindo para que ela fosse derrubada por falta
de quórum. Segundo figuras do partido ouvidas pela reportagem, os
deputados estão se sentindo “à margem” do governo Rui Costa. Eles têm
reclamado que o governador “atende muito ao PT e esquece que o governo
não é só o PT”, conforme relatos colhidos pelo BN. Além disso, existe
uma certa ciumeira na forma célere como pleitos do PSD também vem sendo
atendidos, em detrimento a outras siglas da base aliada. “Os outros não
têm tido atenção devida. A gente quer estar com o governo, mas o governo
não liga. O governador tem apenas se preocupado com ele, com o governo
dele. Vivemos um momento muito difícil. A gente sabe que o governador
tem sido muito sereno nas suas posições, que existem as prioridades no
governo. A base tem sido compreensiva com o governo. E o governo, na
hora de priorizar, só prioriza a turma do PT e do PSD”, contou uma
fonte, que afirmou também que a retaliação de terça foi apenas um
“recado” ao governador. Um outro progressista chegou a denunciar que o
governo tem contabilizado como emendas impositivas recursos que não são
de emendas e disse que a insatisfação é generalizada na base. “A gente
está expondo a realidade. Vamos alertar para o governo que a gente
existe, que precisa fazer um carinho. A gente vai prestigiar o governo,
quando chega lá, deputados do PT entregando caçambas, tratores. Nós
servindo apenas para bater palma. Queremos participar das benesses”,
reclamou um parlamentar.