Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
A gestão de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República (PGR)
começou nesta segunda (18), mas já teve sua primeira baixa. A nova
chefe do Ministério Público Federal (MPF) exonerou o procurador da
República, Sidney Madruga, escalado para coordenar o Grupo Executivo
Nacional da Função Eleitoral (Genafe). Ele foi procurador eleitoral do
MPF na Bahia entre os anos de 2009 e 2013, e, em 2014, chegou a ocupar o
posto de procurador regional da República. A exoneração da PGR, segundo
divulgado pela assessoria de Dodge, foi tomada a pedido de Madruga "com
a finalidade de evitar ilações impróprias e indevidas". Isso acontece
depois que o procurador foi flagrado pelo jornal Folha de S. Paulo em
conversa sobre assuntos privados em um restaurante. No diálogo, Madruga
teria falado que a "tendência" do órgão é abrir uma investigação contra o
procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete do
ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Pelella atuou no acordo
de delação do grupo J&F, cujos sócios Joesley e Wesley Batista e
Ricardo Saud perderam seus benefícios. "A PGR reitera informação
repassada ao jornal de que o procurador mencionado não atua em matéria
criminal e não teve acesso a nenhuma investigação ou ação penal
conduzidas pela atual equipe do Grupo de Trabalho da Lava Jato, em
Brasíia. A portaria de exoneração foi assinada na tarde de hoje",
informou a assessoria da PGR, de acordo com reportagem d’O Estado de S.
Paulo.