Na berlinda desde a delação premiada da JBS, o ex-procurador Marcelo Miller, que foi auxiliar do gabinete do procurador-geral, Rodrigo Janot, era tido com um dos mais duros com presos que acabaram assinando acordo de delação premiada. Segundo relato de um deles, Miller chegava a sinalizar que nunca mais sairiam da prisão caso não colaborassem com as investigações.
Janot revelou na segunda (4) que os áudios entregues na semana passada aos procuradores por Joesley Batista, da JBS, "contêm indícios" de conduta "em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller".
O ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine tem sido aconselhado a aderir a um acordo de delação premiada. Ele foi preso há quase duas semanas, acusado de receber propina.
O advogado Alberto Toron, que assumiu a defesa do ex-executivo, afirma que "todas as cartas estão na mesa". Bendine, porém, ainda não tomou qualquer decisão. (Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo)