segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Centrão vai cobrar cargos a Temer na volta da viagem



Michel Temer desembarcará no Brasil com a missão de resolver uma série de passivos em sua base. Com a espada da segunda denúncia de Rodrigo Janot sobre sua cabeça, o presidente terá que dar uma resposta aos partidos do centrão, que cobram a substituição de Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e esperam ter nesta semana uma posição definitiva sobre o assunto. Três siglas não despacham mais com o ministro: PR, PSD e PP. Juntas, somam 120 votos.

O presidente continua apostando na conciliação, mas sabe que a insatisfação se espraiou pela base aliada. Antes de viajar, recebeu uma série de líderes partidários. Foi pressionado a escolher entre a metade do PSDB que o apoia e os demais partidos que seguram seu mandato — inclusive o PMDB.
Temer pediu que aguardassem seu retorno da viagem à China para solucionar o impasse. Antes de embarcar, disse a Imbassahy que ele permaneceria no posto.
Integrantes do centrão dizem que “a sorte de Temer” é que este grupo de siglas ainda não é próximo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), principal beneficiário de uma eventual queda do governo.
O secretário de governo tem o apreço pessoal de Temer, mas viu seu padrinho no tucanato, Aécio Neves, perder força. Como nunca foi chegado ao governador Geraldo Alckmin, Imbassahy agora se aproxima do prefeito João Doria, que trava uma disputa pelo posto de presidenciável do PSDB.  (Painel - Folha de S.Paulo)