Investigação apura suposto esquema de propina na construção da Arena das Dunas, em Natal
VEJA - Da redação
A Polícia Federal concluiu em inquérito que há indícios de que o senador José Agripino Maia (RN),
presidente do DEM, tenha praticado corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. O caso envolve suposto recebimento de propina na construção
da Arena das Dunas, em Natal. Uma das sedes da Copa do
Mundo de 2014, o estádio foi erguido pela empreiteira OAS, uma das
investigadas no petrolão.
As
conclusões do inquérito foram divulgadas nesta segunda-feira pela PF. O
documento segue agora para o Ministério Público Federal, que pode
decidir se oferece ou não denúncia contra o senador, que tem foro
privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).
A
Polícia Federal aponta que José Agripino teve participação no
“recebimento de vantagens indevidas da empresa OAS em troca de seu
auxílio político na liberação de recursos de financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionados à
construção da Arena das Dunas, em 2013”. O repasse teria sido feito por
meio de doações oficiais e repasses em espécie, totalizando pelo menos 2
milhões de reais.
O
inquérito se baseou em mensagens extraídas do celular de José
Aldelmário Pinheiro, executivo da OAS, nas delações do doleiro Alberto
Youssef e seu “homem da mala”, Rafael Angulo Lopez, e de documentos
obtidos a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal dos investigados.