Folha de S. Paulo – Mônica Bergamo
A possibilidade de Michel Temer ser afastado da Presidência da República também pesou para que Eduardo Cunha decidisse acelerar a negociação
para fazer colaboração premiada. Delatar supostos crimes do presidente e
de seus ministros teria hoje valor muito maior do que depois de uma
eventual saída deles do governo.
Caso
seja fechado nos próximos dias, o acordo de delação de Cunha terá sido
feito em tempo praticamente recorde. Até meados de junho ele ainda não
tinha contratado um advogado específico para tocar a negociação. O
ex-ministro Antonio Palocci, por exemplo, fez isso em abril e até esta
quinta (6) não tinha formalizado acordo com a Operação Lava Jato.