Ao opor política e Ministério Público, Temer tenta sobreviver até setembro
Folha de S. Paulo- Por Painel
Com
a fala desta terça (27), Michel Temer tentou transformar o debate sobre
sua denúncia numa batalha entre a política e a guilhotina, que
personifica em Rodrigo Janot. Aliados justificaram o tom. Disseram que
foi o procurador-geral que, com a decisão de fatiar as acusações contra o
presidente, afastou-se do terreno jurídico. Temer age para chegar até
17 de setembro, quando haverá troca de guarda na PGR. Até lá, esgarçará
os fios da crise, sem medo de criar impasse institucional.
Aliados
do Planalto pretendem usar a Lei de Acesso à Informação para
constranger a PGR a entregar detalhes sobre o ex-procurador Macello
Miller, que trocou a força-tarefa da Lava Jato por uma banca de
advogados que atua para o grupo de Joesley Batista.
Pessoas próximas ao presidente Michel Temer vão pedir os registros de entradas de Miller na Procuradoria após sua exoneração. Querem reforçar a tese de que ele manteve trânsito livre no órgão, mesmo após ter saído da instituição.
Pessoas próximas ao presidente Michel Temer vão pedir os registros de entradas de Miller na Procuradoria após sua exoneração. Querem reforçar a tese de que ele manteve trânsito livre no órgão, mesmo após ter saído da instituição.
FHC
Irado com os termos da denúncia da PGR, Michel Temer deixou claro que
não facilitará em nada sua remoção do cargo. A adesão de Lula à pregação
de Fernando Henrique Cardoso por um gesto de “grandeza” do peemedebista
só fez ampliar sua rejeição à tese.
O
senador Hélio José (PMDB-DF), que chamou o governo Temer de “corrupto”
depois que três de seus aliados foram exonerados da administração
federal em retaliação por ele ter votado contra a reforma trabalhista,
pediu uma audiência com o presidente na segunda (26)