O empresário diz que o presidente não tinha cerimônia para pedir dinheiro. O empresário realfirma que comprou os silêncios de Cuha e Lúcio Funaro - presos pela Lava Jato -, e diz que o ex-ministro Geddel Vieira Lima manteve Temer informado sobre esses pagamentos.
Na manhã da quinta-feira (15), o empresário Joesley Batista,
um dos donos do grupo J&F, recebeu ÉPOCA para conceder sua primeira
entrevista exclusiva desde que fechou a mais pesada delação dos três
anos de Lava Jato. Em mais de quatro horas de conversa, precedidas de
semanas de intensa negociação, Joesley explicou minuciosamente, sempre
fazendo referência aos documentos entregues à Procuradoria-Geral da
República, como se tornou o maior comprador de políticos do Brasil.
Discorreu sobre os motivos que o levaram a gravar o presidente Michel Temer e
a se oferecer à PGR para flagrar crimes em andamento contra a Lava
Jato. Atacou o presidente, a quem acusa, com casos e detalhes inéditos,
de liderar “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil” – e
de usar a máquina do governo para retaliá-lo. Contou como o PT de Lula “institucionalizou” a corrupção no Brasil e de que modo o PSDB de Aécio Neves entrou
em leilões para comprar partidos nas eleições de 2014. O empresário
garante estar arrependido dos crimes que cometeu e se defendeu das
acusações de que lucrou com a própria delação.
Leia, os principais trechos da entrevista publicada na edição de ÉPOCA desta semana aqui: Joesley Batista: "Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa ... - Época