Única integrante do PMDB a permanecer no cargo, a ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, voltou a defender
nesta quarta-feira (4) a presidente Dilma Rousseff durante o lançamento
do Plano Safra 2016/2017, que vai disponibilizar R$ 202,88 bilhões em
recursos para produtores rurais. Na sexta (29), a ministra fez a defesa
de Dilma na comissão do Senado que analisa o processo de impeachment.
“Muito me entristece as acusações à sua pessoa para tomar seu mandato
por ter ajudado, investido e acreditado na agricultura brasileira. Se
isso for verdade e se isso se concretizar [o afastamento], quero ser
corresponsável nesses atos, porque foi através da CNA [Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil] e como ministra que sugeri à
presidente Dilma: invista na agricultura que a senhora terá retorno
direto na economia brasileira”, afirmou Kátia. No Senado, a ministra fez
a defesa de Dilma com uma exposição focada no que ficou conhecido como
pedaladas fiscais – possíveis atrasos de pagamentos aos bancos públicos.
Segundo a Agência Brasil, ela alertou que a subvenção agrícola não pode
ser comparada a um empréstimo. “Vou acompanhar a presidente Dilma no
que acontecer. Qualquer resultado que ocorra, estarei do lado dela. Sou
senadora. Tenho sete anos de mandato pela frente. Vou voltar para a Casa
que me elegeu. Saio do governo junto com a presidenta Dilma e volto ao
Senado”, acrescentou a ministra.