A
próxima terça-feira, quando o PMDB deve sacramentar a saída do governo,
está sendo chamada de o "Dia D" no Planalto. A avaliação é que os
demais partidos da base, PP à frente, tomarão decisão semelhante em
seguida. O presidente de uma das siglas mais próximas de Dilma Rousseff
projeta um cenário em que PT, PCdoB e alguns deputados avulsos seriam os
únicos a se manter com o governo. "Não temos vocação suicida. Não vamos
morrer abraçados a eles", diz.
Aliados
de Michel Temer têm enfatizado que o momento é de marcar posição. Quem
não aparecer na reunião do diretório ficará marcado como governista.
"Não dar as caras será mostrar sua cara", diz um interlocutor do vice.
Temer,
aliás, vem mantendo distância estratégica de Brasília nos últimos
meses. Nas últimas semanas, a "clausura" se intensificou. Quem precisa
falar com o vice o encontra na capital paulista. (Folha de S.Paulo - Natuza Nery)