Folha de S.Paulo – Mariana Carneiro
Quando o Mercosul nasceu, há exatos 25 anos, o presidente do Brasil era Fernando Collor de Mello.
Afastado do cargo no ano seguinte, em 1992, em um processo de impeachment, Collor não foi socorrido pelos companheiros de bloco.
O
então chanceler brasileiro, o jurista Francisco Rezek, 72, faz essa
observação ao afirmar que, caso a presidente Dilma Rousseff perca o
cargo em processo semelhante, ela também não deverá contar com o apoio
externo em seu favor.
"O processo de impeachment é perfeitamente constitucional", afirmou Rezek, em entrevista à Folha.
"Além
disso, depois que terminou a era kirchnerista, não vejo no âmbito do
Mercosul, exceto pela Venezuela, onde o governo brasileiro encontraria
apoio. Não será na Argentina de [Mauricio] Macri, dificilmente no
Uruguai, menos ainda no governo liberal do Paraguai".