Ilimar Franco - O Globo
O
maior partido do país se rasgou em dois no processo do impeachment. A
guerra pela liderança do PMDB na Câmara foi um dos capítulos dessa
refrega. A novela continuou anteontem, quando o Senado aprovou pedido
para o TCU analisar decretos de créditos suplementares do vice Michel
Temer. É grande a indignação da ala do presidente do PMDB com o
presidente do Senado, Renan Calheiros. Acusam-no de ter sucumbido ao
Planalto. A ala de Renan critica o vice, dizendo que ele namorou com a
oposição e se rendeu aos dissidentes do partido. Agora, até incendiários
procuram pelos bombeiros. Temer precisa recuperar sua capacidade de
unir a sigla.
8 x 3
- As críticas à manipulação partidária no STF sofreram um revés.
Nomeados por governos do PSDB e do PT, Gilmar Mendes e Dias Toffoli
ficaram do mesmo lado. Foram contra que o Senado faça votação prévia,
antes do julgamento do impeachment. Para o ministro mais antigo, Celso
de Mello, o Senado pode rejeitar a deliberação da Câmara.