Da Folha de S.Paulo
O
STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou, no último dia 9, a quebra do
sigilo bancário e fiscal do presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB). A informação foi noticiada pela revista "Época" e confirmada
pela Folha. A
medida foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator dos casos
relacionados à Operação Lava Jato que tramitam na corte, e abrange o
período de 2010 a 2014, segundo a "Época".
O pedido partiu do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Ainda
de acordo com a publicação, o despacho do ministro que autorizou a
quebra de sigilo cita propina em um contrato da Transpetro, subsidiária
da Petrobras, no valor de R$ 240 milhões.
O
suborno teria sido pago por meio de doações à direção do PMDB de
Alagoas, que é controlado por Renan, feitas por empresas que venceram em
2010 uma licitação da estatal para construção de 20 comboios de
barcaças.
Segundo
a "Época", as integrantes do consórcio Rio Maguari –Estaleiro Rio
Maguari, SS Administração e Estre Petróleo– fizeram dois repasses de R$
200 mil enquanto a licitação ainda estava em aberto.
A
Transpetro era então presidida por Sérgio Machado, aliado de Renan que
deixou o comando da estatal no início deste ano e um dos alvos de busca
da Lava Jato na última terça (15).
Seis
inquéritos da Operação Lava Jato tramitam atualmente no Supremo para
apurar suspeitas de envolvimento de Renan com irregularidades.