Eduardo
Cunha acredita que, num eventual governo de Michel Temer, poderá, com
as bênçãos dele, refazer acordos na Câmara e escapar da cassação.
Dois raciocínios levaram o governo a aceitar, como queria o PT, o
enfrentamento com Cunha: a convicção de que o presidente da Câmara
voltaria a ameaçar Dilma no futuro e a certeza de que a crise econômica
vai se agravar em 2016. "Agora há chance de escapar do impeachment. Com a
crise que se prevê no próximo ano, evitar a saída da presidente seria
missão quase impossível", diz um senador da sigla.
O governo convocou uma tropa de grandes juristas para uma reunião em
Brasília na segunda (7). Vão discutir respostas jurídicas ao pedido de
impeachment de Dilma.