Há
no Senado enorme tensão, até na oposição, com a possibilidade de o
presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ser tragado de vez pela
Operação Lava Jato. O STF já abriu inquérito para investigá-lo.
Para
piorar o clima, há rumores em Brasília de que a força-tarefa da Lava
Jato prepara ação de grande impacto para antes do Natal.
Um
aliado de Cunha admite que o presidente da Câmara, nesse "vacilou".
"Ele queria propor a abertura do impeachment na terça, mas decidiu
esperar mais um dia na esperança de que Jaques Wagner virasse os votos
do PT" na Comissão de Ética que vai julgá-lo.
Num
segundo momento, já desconfiado de que Wagner estava só ganhando tempo,
Cunha refez o calendário. Decidiu revelar a decisão de dar seguimento
ao impeachment com exclusividade a uma revista semanal e fazer o anúncio
oficial na próxima segunda (7). A entrevista dos deputados do PT anunciando que votariam contra ele, no entanto, precipitou o anúncio de andamento do processo contra Dilma. (Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo)