Aliados
de Michel Temer (PMDB-SP) admitem que ele vai pedir a separação das
contas da campanha de 2014 à Justiça Eleitoral, caso receba sinais
claros de que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) caminha para condenar
as finanças do comitê da presidente Dilma Rousseff. Uma decisão da corte
nesse sentido poderá cassar a chapa de Dilma e Temer, com base nas
acusações de que houve abuso de poder econômico e político na última
disputa presidencial. Os
peemedebistas que falaram sobre o assunto com o vice dizem que, nesse
cenário, ele avalia ser melhor "tentar salvar alguma coisa" do que
deixar todo o governo afundar com a petista.
Mesmo
aliados do vice reconhecem que será difícil convencer o TSE a condenar
apenas Dilma e anistiar Temer da responsabilidade sobre as contas da
campanha. Segundo eles, a legislação é clara ao afirmar que o comitê da
chapa presidencial é único. Ainda assim, a estratégia é ressaltar que
Temer e o PMDB tinham seu próprio tesoureiro, além de um esquema
exclusivo de arrecadação e gastos de campanha.
Os
peemedebistas dizem ainda que a sigla não optava nem deliberava sobre
as receitas e as despesas feitas pelo comitê de Dilma. Os aliados do
vice buscam jurisprudência eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal)
que possam ajudar a sustentar essa linha.