Os principais aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), afirmaram nesta quarta-feira (25) que a prisão do
líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), pode abrir
precedentes para o afastamento do peemedebista do comando da Casa.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a manobra feita pelo
presidente na semana passada, que acabou atrasando a apreciação de seu
processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, pode servir de
argumento para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) peça sua
saída do cargo. Cunha admitiu nos bastidores que a manobra foi
equivocada e que é necessário um limite de obstrução na tentativa de
salvar seu mandato. Os partidos de oposição pretendem usar a prisão de
Delcídio para reforçar a representação entregue nesta quarta (25) à PGR e
ampliar os argumentos para subsidiar a saída de Cunha. A comparação
será feita na audiência dos líderes de partidos de oposição com o
procurador-geral, Rodrigo Janot.