Com a credibilidade abalada e o futuro como presidente da Câmara dos
Deputados incerto por conta das denúncias sobre os US$ 5 milhões
encontrados em quatro contas na Suíça, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer ir
ao ataque contra a presidente Dilma Rousseff, a quem atribui a sua
derrocada política. Segundo informações da coluna Expresso da revista
Época, ele teria dito a amigos a seguinte frase: “não caio antes dela”.
A mesma coluna diz que Cunha tentará criar uma comissão para analisar
o pedido de impeachment feito pelo jurista e fundador do PT, Hélio
Bicudo, e esperará um relatório desta comissão até o dia 21 de outubro. O
grande desafio seria obter os dois terços dos votos na casa que comanda
para aprovar o pedido de impeachment. Se ele conseguir, Dilma será
afastada do cargo até ser julgada.
Alertada das intenções de Cunha, Dilma estaria se preparando para se
defender com a ajuda do STF (Supremo Tribunal Federal). A estratégia não
seria novidade. De acordo com informações do jornalista Fernando
Rodrigues, a presidente teria já instruído seus ministros para que
preparem uma estratégica de defesa jurídica caso um processo de
impeachment seja aberto na Câmara dos Deputados contra ela. A solução,
segundo a reportagem viria justamente do Supremo.