Imagens enviadas pelo leitor Clemens Nunes.
Após 500 anos de danos, exploração dos
recursos hídricos, minerais, vegetais e humanos, a bacia hidrográfica do
rio São Francisco sofre sérios impactos ambientais, e esses impactos
estão diretamente ligados à atividade econômica desenvolvida em cada
região:
No Alto São Francisco, a alta
concentração demográfica, as atividades econômicas e as indústrias de
transformação de Belo Horizonte são fatores cruciais para a degradação
dessa sub-região. O garimpo de diamantes também desfigura o leito do
rio, e, depois, o material ainda volta ao rio.
No Baixo São Francisco, a preocupação
maior é com a regularização do fluxo de água. Esse fluxo sofre com as
mudanças ocorridas no percurso em que corre, por causa do uso excessivo e
descontrolado das águas. As barragens feitas ao longo do rio provocam
um processo irreversível de assoreamento, já que diminuem a correnteza
natural, formam bancos de areia e transformam drenos naturais de água em
áreas pantanosas. Além disso, afetam a atividade pesqueira e a cultura
do arroz da população ribeirinha.
O Médio e Sub-médio São Francisco sofrem
com a poluição agrícola. A agricultura praticada sem as devidas
restrições para que os recursos hídricos sejam preservados, assim também
como os projetos de irrigação, provocam o desmatamento da mata ciliar,
e, consequentemente, carregam sedimentos para o rio. O desmatamento nas
margens do rio, ao lado da represa de Três Marias e em outros trechos
das margens do Velho Chico, provoca violentos processos de erosão. A
construção de hidrelétricas ao longo do rio também é um grave problema
dessa sub-região da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco.
Situação dramática do Rio São Francisco
no povoado de Passagem-Pilão Arcado. Não há relatos na história para uma
seca desta para o mesmo período do ano. As fotos são de Vinicius
Figueiredo do CBHSF e foram enviadas ao Blog pelo leitor Alexandre
Mesquita. (Fonte: Blog Geraldo José)