Segundo a publicação, os dados foram
obtidos a partir de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras) enviado à Polícia Federal e aos integrantes da
força-tarefa paranaense.
De acordo com o relatório, a LILS,
empresa de palestras do ex-presidente Lula, faturou R$ 27 milhões, desde
que ele deixou a presidência da República. Destes, cerca de R$ 10
milhões teriam vindo de empresas investigadas na Lava Jato, como
Odebrecht (R$ 2,8 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,5 milhão) e OAS (R$
1,4 milhão).
Essa devassa bancária contra um
ex-presidente da República apontou também a destinação dos recursos. De
acordo com o relatório, a LILS aplicou R$ 12,9 milhões, fez um plano de
previdência privada no valor de R$ 5 milhões, recolheu R$ 3 milhões em
impostos e fez transferências de R$ 4,3 milhões.
A quebra do sigilo bancário aponta até
os repasses feitos por Lula a alguns de seus filhos. Lurian, por
exemplo, recebeu R$ 385 mil. Luis Claudio ganhou R$ 209 mil e Sandro
recebeu outros R$ 80 mil.
Veja abre sua reportagem dizendo que
palestras de ex-presidentes não são ilegais. A revista afirma que
Fernando Henrique Cardoso faz isso com frequência e que Bill Clinton é
um dos campeões da modalidade, tendo recebido centenas de milhões de
dólares por essa trabalho.
No entanto, apenas Lula, que deixou o
Palácio do Planalto como o presidente mais popular da história do País,
teve seu sigilo bancário quebrado, com a intenção clara de
desmoralizá-lo.
Nas últimas semanas, o ex-presidente tem
sido aconselhado por aliados a aceitar ser ministro do governo Dilma.
Assim, ele passaria a ter direito ao foro privilegiado e só poderia ser
alvo de ações movidas nos tribunais superiores. (BR 247)