A
defesa do ex-ministro José Dirceu protocolou um pedido à Justiça
Federal, hoje, para que o cliente seja transferido para o Complexo
Médico-Penal (CMP), na Região Metropolitana de Curitiba. Dirceu está
preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) desde o
dia 3 de agosto, quando foi deflagrada a 17ª fase da Operação Lava Jato.
A decisão sobre a possível transferência de Dirceu, que está preso
preventivamente, sem previsão de saída, cabe ao juiz Sergio Moro. Na
petição, os advogados que representam Dirceu justificam a transferência
para o presídio em virtude das melhores condições de custódia, em
comparação à carceragem da PF.
“O espaço reduzido não comporta os mesmos benefícios conferidos em um
presídio, tais como visitas familiares por período maior e a
possibilidade de ter acesso a locais maiores e mais abertos. Essa
condição, a longo prazo, certamente causará prejuízos à saúde de José
Dirceu, que já tem mais de 70 anos”, afirmam Roberto Podval e Odel
Mikael Jean Antun, que subscrevem o pedido.
Os advogados ainda ressaltam que outros presos da Operação Lava Jato
já estão custodiados no CMP, e que não há nenhuma queixa do cliente com
relação à estrutura da carceragem da PF, ou à atuação dos agentes
federais que trabalham no local.