Os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, caciques do PMDB na Bahia, receberam com “muita alegria” e “de forma positiva” a saída do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, da articulação política
da presidente Dilma Rousseff (PT). “Vem ao encontro do que eu tenho
cobrado, do que eu tenho conversado com ele. Me manifestei diversas
vezes publicamente de que esse papel apequenava a figura do
vice-presidente”, avalia Geddel, presidente do PMDB na Bahia. A saída,
anunciada na manhã de segunda-feira (24), é considerada pelo deputado
federal Lúcio Vieira Lima uma “primeira vitória” no objetivo de romper a
aliança com o governo federal. “O PMDB saiu da articulação politica. É
sinalização de que a coisa continua muito ruim e piorando dentro do
governo. E essa sinalização fortalece os movimentos da rua, que começam a
enxergar a possibilidade de consequências no Congresso: o afastamento
da presidente. Como vai se dar isso, não se sabe”, especula. A
expectativa dos peemedebistas é que a decisão dos correligionários seja
tomada durante o congresso do partido, marcado para o dia 15 de
novembro. “Nosso compromisso é votar agenda clara de combate à crise
que sinalize melhores momentos no futuro. Não pode dar respaldo ao
governo sem rumo que está infelicitando o país, jogando na lata do lixo
série de conquistas que toda uma geração litou pra viabilizar”, explica
Geddel. Daqui até novembro, o deputado federal acredita que o ambiente
vai voltar a ficar ruim para o governo. “Depois da saída de Michel
Temer, o caldo vai engrossar até voltar ao patamar antes daquela
história de Agenda Brasil”, concluiu.