O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), espera
que a lista de denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, não traga nenhum petista entre os envolvidos nos esquemas
investigados pela Operação Lava Jato. Segundo a coluna Painel, da Folha
de S. Paulo, o peemedebista acredita que isso reforçaria sua tese de que
ele foi escolhido como alvo preferencial em um “acordão” entre a
presidente Dilma Rousseff, o Ministério Público e o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB). Aliados de Cunha defendem que os
inquéritos de Gleisi Hoffmann (PT) e Lindbergh Farias (PT) não foram tão
rápidos quando o dele e o do senador Fernando Collor de Melo (PTB). Por
isso, incentivaram o deputado a abrir na própria quarta-feira (19) a
comissão para analisar o pedido de impeachment de Dilma. “É melhor
atirar antes de tomar o tiro”, teria dito um peemedebista. De acordo com
a coluna, as evidências contra Cunha são tão fortes que a PGR não quis
esperar o depoimento de sua chefe de gabinete.