O Congresso Nacional não quer e nem será agente de instabilidade.
Ao contrário, quer contribuir para proporcionar a tranquilidade e a
estabilidade de que o país precisa. A declaração é do presidente do
Senado, Renan Calheiros, em pronunciamento transmitido pela TV Senado
nesta sexta-feira (17). “A disposição do Congresso Nacional é de
colaboração. Esse sentimento, entretanto, não pode ser confundido com
submissão ou omissão do Parlamento”, afirmou. Renan disse que o país
passa por uma crise política e econômica. Para ele, o segmento político
acabou contaminado pelos insucessos da economia. “Estamos na escuridão,
assistindo a um filme de terror sem fim e precisamos de uma luz
indicando que o horror terá fim”, comparou, antes de dizer que nos
próximos meses o Legislativo enfrentará “agendas sensíveis”. “Não diria
que será um agosto ou setembro negro, mas serão meses nebulosos, com a
concentração de uma agenda muito pesada. Cabe a todos nós resolvê-la”,
conclamou. Renan elogiou a atuação de Eduardo Cunha à frente da Câmara
dos Deputados, mas evitou fazer críticas tão duras quanto as dispensadas
pelo colega de partido ao governo. “Acho que a atuação dele, sua
independência, colaborou muito para este novo momento do Congresso
Nacional”, avaliou.