As
manobras petistas para tirar a coordenação política das mãos do
vice-presidente Michel Temer não surtirão efeito a curto ou médio
prazos. Primeiro, Dilma não quer tirar Temer dali. Segundo, Temer não
cogita nem de longe deixar a função. E não é apenas pelo que falta
votar, mas porque todo o político ama exercer o poder. Políticos fiéis
ao Planalto, que observam de fora a guerra fria entre o PT e o PMDB,
lembram a fábula do escorpião e do sapo. Um belo dia, o escorpião pediu
ajuda ao sapo para atravessar o rio e, no meio da travessia, o escorpião
dá aquela ferroada no sapo. Os dois morrem afogados porque o escorpião
não resistiu à sua natureza.
Assim,
dizem os aliados, é a natureza do PT. Ainda nem passou a crise e um
grupo petista pressiona para tirar o PMDB da coordenação política,
porque quer preparar 2016. Os lideres governistas estão preocupados,
porque, esses movimentos arriscam comprometer todo o trabalho do governo
no Congresso a partir da próxima semana, quando voltam à cena projetos
polêmicos como a reoneraçao da folha de salários de diversos setores. A
hora, dizem os governistas, é de buscar mais confiança entre os partidos
da base e não mais conflitos.(Denise Rothenburg - Correio Braziliense)