Com
o desgaste sofrido pela presidente Dilma Rousseff e o PT, agora
acentuado pela prisão do tesoureiro João Vaccari Neto, o PSDB vê a
chance de reciclar um de seus três últimos candidatos ao Planalto. Em
tese, o que se diz no partido é que não há mais jogo de cartas
marcadas. Hoje, Geraldo Alckmin,
Aécio Neves e José Serra estão todos no páreo para a corrida presidencial, cada um com um estilo e estratégia próprios. Aécio,
segundo interlocutores, trabalha para se transformar numa espécie de
voz dos movimentos de rua contrários ao governo do PT. Tem
como principal ponto negativo o fato de ter perdido em casa na última
eleição presidencial. Aécio foi derrotado em Minas Gerais, tanto como
candidato à Presidência quanto como patrocinador da candidatura de
Pimenta da Veiga na corrida estadual.
Como
São Paulo assegurou um bom desempenho para Aécio no placar geral, o
coro no PSDB de São Paulo é pela escolha de um nome paulista para a
vaga. Alckmin, por enquanto, tem optado por uma abordagem “não
política”, dizem os colegas de partido. Mantém-se mais concentrado em
amenizar problemas da administração estadual que possam virar uma fatura
a ser paga lá na frente, como a crise hídrica. E tem optado por evitar
ataques diretos à presidente Dilma e ao PT.
Serra,
por sua vez, seria a alternativa mais “política” das três, diz um
aliado. Há quem aposte que ele teria mais chances, por exemplo, de
atrair o PMDB para uma aliança eleitoral, tanto pelo fato de ter origem
na legenda, quanto pela boa relação que mantém com alguns caciques da
sigla. (Clarissa Oliveira - Blog Poder Online)