Após sucessivas derrotas do governo Dilma Rousseff (PT) no Congresso
Nacional, senadores do PMDB, partido que comanda as presidências da
Câmara e do Senado, negociaram com o Palácio do Planalto uma fórmula
alternativa para reajustar as tabelas do Imposto de Renda. A proposta da
equipe econômica da presidente Dilma previa um reajuste de 6,5% e
estava ameaçada de ser derrubada pela oposição. O Planalto cedeu e
acatou o reajuste escalonado, que passa a valer a partir de abril. Uma
medida provisória definindo a correção gradual de 6,5%, 5,5%, 5% e 4,5%,
de acordo com a renda dos contribuintes, será publicada nesta
quarta-feira (11), quando, oficialmente, os congressistas votarão o
reajuste. De acordo com a colunista Cristiana Lobo, da Globo News, a
proposta dos peemedebistas, de escalonamento do reajuste das tabelas do
Imposto de Renda, foi apresentada diretamente ao ministro da Fazenda ,
Joaquim Levy, em uma reunião realizada no gabinete do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A mesma proposta também foi discutida
com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e com o
vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). O impacto fiscal
esperado com o reajuste é de R$ 6 bilhões.