Incluído
na lista de investigados no Supremo Tribunal Federal por suspeita de
participação no esquema de corrupção na Petrobras, o ex-ministro Mario
Negromonte (PP-BA) disse à Folha que, sem a apresentação de provas, as denúncias feitas pelos delatores vão "virar pó".
"Duas
pessoas [o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef]
que estão com cem anos de processo, são réus confessos, vão em delação e
fazem afirmações, ilações, e não têm provas. Isso vai virar pó", disse.
Para o ex-ministro do governo Dilma, o ônus da prova cabe aos delatores.
Negromonte
é acusado de participar de uma quadrilha para receber propinas do
esquema montado na estatal, conforme pedido de inquérito aceito pelo
STF.
Ele
nega ter recebido dinheiro da dupla Costa e Youssef e diz ser alvo
pelos cargos que ocupou. "Sou mais citado pelo que fui do que pelo que
fiz." Além de ministro das Cidades, Negromonte foi deputado federal até
2014 e líder da bancada do PP na Câmara. Hoje, ele é conselheiro do
Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.