É praticamente unânime
entre os advogados criminalistas: a operação “lava jato” vai mudar toda a
maneira de se defender clientes acusados de crime do colarinho branco
no Brasil. Antes dela, a tradição era caçar, nas entrelinhas dos
processos, eventuais derrapadas dos investigadores que pudessem
configurar ilegalidades. E derrubar todas as operações nas cortes
superiores.
Agora, os advogados estão
'zonzos', na palavra de um deles, sendo obrigados a aprender técnicas de
negociação em torno da possibilidade de colaboração com a Justiça. E
isso nem os mais experientes criminalistas estão acostumados a fazer:
até então, raramente procuradores e juízes recorriam à delação premiada,
como agora começaram a fazer. As informações são da colunista Mônica
Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.