O
juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava
Jato, afirmou que "há indícios que os crimes transcenderam a Petrobras"
nesta sexta-feira (5), de acordo com informações da Folha de S. Paulo. O
esquema de fraude em licitação iria “muito além” da estatal
petrolífera. Moro classificou de "perturbadora" a tabela apreendida em
março com o doleiro e delator Alberto Youssef, com uma lista de cerca de
750 obras públicas de infraestrutura. Ali, constavam "a entidade
pública contratante, a proposta, o valor e o cliente do referido
operador, sendo este sempre uma empreiteira". Os comentários de Moro
foram usados para rejeitar o pedido de revogação da prisão preventiva de
Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empresa Engevix, que está na
carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Segundo o juiz, a prisão
preventiva é necessária para interromper a continuidade da prática de
crimes graves contra a administração pública e de lavagem de dinheiro,
sendo que grande parte do esquema está encoberta. Entre os indícios
contra a Engevix está o depósito de R$ 3,3 milhões para a MO
Consultoria, empresa de fachada de Youssef, durante as obras da
refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.